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Mostrando postagens de janeiro, 2013

Não era amor...

“Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo. Não era amor, era melhor.” (Divã) Melhor, maior, mais intenso, sem comprometimento, sem a cobrança, sem rotina, só o desejo, só o momento. Às vezes é apenas disso que se necessita. Uma aventura, uma rima, não um texto, não necessariamente tem que haver um contexto, apenas um parágrafo, ou quem sabe o título? Um minuto, uma hora, um dia. Tempo? Para que mais? Uma única dança, um último suspiro, o sorriso da despedida, uma garoa fria no fim da tarde quente. O refresco da vida, o sonho interrompido, a lembrança de um movimento, o fôlego antes do mergulho. Não é amor, é mais, é melhor. É o riso, o beijo, o abraço, a memória e a despedida. Num piscar de olhos e a vida volta ao normal, resta apenas a certeza de que não foi amor, não foi em vão, foi talv

Ela

Ele era um garoto como todos os outros, dividia seu tempo pensando em meninas, futebol, sua banda de rock e talvez algum jogo legal. Ela era diferente das outras garotas, pra ela não bastavam as fofocas, os amores e os finais felizes de contos de fada. Ela queria mais, queria além, queria muito, queria tudo. Ele gritava sua dor, ela sussurrava seus prazeres. Ele queria compreender, ela queria confundir. Ele sonhava, ela realizava. Mas ele era apenas um garoto como qualquer outro, não podia dar mais que uns amassos e algumas promessas de amor. Ela quis terminar, conhecer outros garotos, e assim fez, se aventurou. Mas logo descobriu que não adiantava, todos eram normais, se contentavam com um simples fato, um simples ato, um gesto banal, ela não queria palavras, não queria promessas,  não queria sonhos, queria apenas se aventurar, viver, realizar. Ela reencontrou o mesmo garoto, ele levava a mesma vida, ele sorriu ao vê-la, quis voltar, reconquistar, ela apenas sorriu e sem nenhuma

Carpe Diem

Às vezes estamos próximos a fazer algo ridículo ou sem sentido, algo que temos vergonha ou medo por causa da imposição moral da sociedade, às vezes também pela imposição da nossa própria consciência. Mas o que devemos fazer? Devemos nos expor a essas situações ou reprimi-las no interior de nossa mente? Bom, alguém me disse uma vez “Você quer, então faça”, ou seja, devemos fazer o que queremos, o que nos dá vontade e nem sempre pensar ou ver o certo. Muitas vezes o errado na verdade é o certo, tudo é relativo. Se não fizer mal a ninguém, que mal tem? Então esse é o meu conselho do dia, viva o hoje intensamente, ria, chore, cante, faça o que te atrair e “se amanhã não for nada disso caberá só a mim esquecer”.  O tempo passa, as lembranças boas ou más permanecem, mas melhor ter lembranças más do que não ter nenhuma. Carpe Diem. (Luíza Gallagher)

Da impopularidade à ícones da moda: Os nerds invertem os papéis

É da natureza do ser humano se aproximar de pessoas das quais se identificam, criando assim grupos de interesses em comum. Entre os jovens essas divisões são ainda mais notórias, e assim os grupos são facilmente percebidos a partir de seus estilos ainda na escola. Por falar em escola, é lá que a primeira divisão ocorre, quem não se lembra dos “nerds” e dos “valentões”?     “Nerd” era a expressão pejorativa usada até pouco tempo para definir pessoas com interesses intelectuais considerados inadequados para sua idade e distanciamento de atividades mais populares, o que acabava por excluí-los socialmente. Enquanto os chamados “valentões” eram os garotos populares, geralmente bem vestidos, admirados, em alguns casos exímios atletas, cercados de amigos e que gostavam de caçoar de quem consideravam diferentes.    Se há algum tempo o “nerd” era considerado sinônimo de caretice, falta de moda e impopularidade, hoje os tempos mudaram e muitas pessoas passaram a considerá-los tendência d

Vidas Desperdiçadas

Hoje o céu amanheceu estranho, escuro. O dia vazio, lamentando a tragédia que se abateu no Rio Grande do Sul. Lágrimas das famílias que perderam seus jovens, lágrimas dos amigos e mesmo de desconhecidos que receberam com choque a notícia. Jovens com o futuro todo pela frente, jovens que ainda tinham tantos risos para dar, tantas lágrimas para derramar. Palavras não amenizam a dor, a mídia passa incansavelmente notícias que só nos fazem deprimir mais. Nada apaga a dor da perda, mas aqui estou escrevendo em memória desses desconhecidos que partiram deixando em mim a sensação desesperadora de que isso poderia ter acontecido comigo! Poderia ter ocorrido com meus amigos!  O fato de eu não conhecer nenhuma das vítimas não ameniza a dor de tamanha tragédia. São pessoas, jovens, tinham uma vida, amigos, festas, segredos, tristezas e alegrias… Eram jovens que sentiam e viviam até o fogo impiedosamente leva-los desse mundo.Vidas desperdiçadas. Espaço pequeno, infraestrutura ruim, saídas de