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Monólogo de uma aniversariante em crise

Mais um ano… E que ano… Tantos altos e baixos (diria que não precisava de tantos baixos). No geral não foi um mau ano. Mas foi um ano confuso, complicado e de muitos aprendizados. Aprendi, quebrei muito a cara, conheci gente legal, conheci gente não tão legal. Tive momentos incríveis e tive momentos péssimos. Antes de mais nada preciso deixar claro que esse desabafo não é uma indireta para ninguém e caso alguém se sinta ofendido facilmente, é melhor parar a leitura por aqui. Esse é apenas um balanço das coisas que me aconteceram no último ano e as lições que eu tirei de tudo isso. Sim, bem egocentricamente falando, é sobre mim. Aprendi que o mundo não gosta de bonzinhos (eu sei que todos já falavam isso há tempos, mas teimosa que sou, demorei a aceitar). Descobri que é necessário de impor, cortar laços, cortar gentilezas e que a empatia pode ser encarada como uma fraqueza, olha só! Me decepcionei com muita gente, me vi sozinha (quase sozinha) muitas vezes. Mas aprendi a valoriz
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Mais Um Menos Um

 É 27 de outubro novamente. Mais um ano se passou. Mudanças, desafios, alegrias e medos misturados. Menos um ano de jornada. Ontem eram 15 anos, agora já mais que o dobro. Num piscar de olhos o tempo voa. Voa leve como um balão, cada vez mais alto. Já não sou mais quem eu costumava ser. Por vezes não me reconheço no espelho. Nem sempre a mudança é suave e bonita como o desabrochar de uma flor (na maioria das vezes não é). Crescer, aprender, desaprender e reaprender. Dói. A cada ano novas cicatrizes se formam. Porém, mais memórias, aprendizados e sorrisos também. Não posso prometer grandes emoções ou nenhuma história épica. Mas agradeço cada um que escolher ficar para ver onde essa história vai parar. Ao soprar das velas, só quero desejar saúde e coragem para seguir. Que esse novo ciclo venha com tudo, pois a cada dia me sinto mais pronta (apesar dos pesares). Obrigada a cada um por cada insentivo, cada bronca, cada minuto que dedicou a mim de alguma forma. Hoje mudei, amanhã mudarei no

Chuva de Verão

   Anna pulou da cama cedo. Ela estava feliz. Tudo seria perfeito e o sol parecia concordar. Nada estragaria o seu dia.    Mas, às vezes, o Universo ouve e resolve apostar contra a gente.    Como um passe de mágica o dia virou noite. As coisas começaram a desandar. O bolo solou, o feijão queimou, os ventos mudaram de direção. Sem aviso, lágrimas brotaram nos olhos da menina, o coração apertou, fez frio, vazio...    Anna caiu. Caiu no poço das suas emoções e ficou lá, quieta, sozinha, tentando não se afogar.    A tristeza invadiu a alegria da menina, como uma nuvem negra que invade um dia ensolarado de verão.    Deságua menina. Deságua.    Tal qual chuva de verão, essa tristeza logo vai passar.    É um temporal que logo irá dissipar.    Amanhã é outro dia menina e a previsão diz que terá sol e você voltará a sorrir. (Luiza Gallagher)

Não gosto de gente como você

Não gosto de gente como você Não gosto dessa presunção Nem da arrogância Muito menos da prepotência. Mas é você... Não gosto de gostar tanto de você Mesmo com a presunção Principalmente pela arrogância E até pela prepotência que te cai tão bem. Não gosto de gente como você mas gosto, muito mais do que deveria, de você. (Luíza Gallagher)

Paixão Inventada

  Eu me apaixonei pelo o que criei de ti Me apaixonei  pela minha própria loucura Acabei obcecada por uma história inventada Persigo fantasmas em um cenário imaginário Eu mesma construí minhas armadilhas Eu mesma criei meu vício e perdição Me embriaguei  no delírio que inventei Pesei a mão  e esqueci o que é ter razão E agora não adianta fugir não adianta fingir que não sinto Na busca por sentir algo passei a sentir muito Como faz para voltar atrás para corrigir esse erro? Como faz parar de doer como faz para desenlouquecer? (Luíza Gallagher)

Eu Estarei Aqui

  Eu queria poder secar seu pranto Eu queria ser capaz de arrancar a dor do seu peito Como quem arranca uma erva daninha, direto da raiz Eu queria impedir que você sofresse te proteger de todas as dores e também, dos desamores. Queria estar ao seu lado  no pior e no melhor momento Queria ser o abraço protetor Mas a vida é dura, pequena faz a gente sangrar e não poderei te proteger do mundo Você ainda vai sangrar, muito, e eu estarei aqui para te acolher mas não poderei fazer a dor passar Você terá que aguentar firme aprender a se curar crescer dói Venha até mim sempre que precisar de um abrigo ou um ombro amigo, para que você não se sinta tão só nessa jornada que é só tua Agora chora menina deixa escorrer a angústia desse peito eu continuarei aqui, pra você... ...por você. (Luíza Gallagher)

Notas Sobre Ele

  O encanto veio fácil, sem aviso. No cinza de uma tarde abriu o sol, na forma de um sorriso encantado leve abstrato a voz feito manhã preguiçosa o brilho no olhar o coração maior que o peito despretensioso divertido bobo E ela na borda do abismo sem saber como recuar pronta para saltar  fácil doce gentil Todo vestido de piadas  ou despido em algum sofá É fácil se perder, ignorando as ciladas atencioso risonho espirituoso Seja por bênção ou maldição o destino a impediu  de perder totalmente a razão (Luíza Gallagher)