“Saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi (…)”
A eterna busca pelo desconhecido, a eterna busca por uma felicidade prometida. A chamada fuga da realidade. O desejo fantasioso de nossa perversa mente.
Quantas vezes pelos mais diversos motivos sentimos uma angustia ou tristeza, ou simplesmente a sensação de estar nos faltando algo? Quantas vezes você não desejou se tele transportar pra outra dimensão, um Universo paralelo? Estar junto com um alguém ou até mesmo ser um novo alguém?
Um lugar perfeito, um lugar de felicidade plena. Um mundinho dentro de si.
Vivemos nessa busca contínua por um novo prazer. Uma saudade de algo não vivido, de algo que talvez nunca vivamos.
Somos humanos, e como tal somos eternos insatisfeitos por natureza. Por mais felizes que parecemos ou por mais conquistas que temos sempre queremos mais, sempre iremos nos atrair por aquilo que não podemos ter. Um estilo de vida, um bem de consumo, uma pessoa… Quanto mais inacessível, quanto mais distante de nossa realidade maior é o desejo. É isso que nos move. Agarramo-nos então ao futuro, como se em algum tempo posterior conseguiríamos esses tão desejosos bens. E assim passamos a viver nesse sonho que muitas vezes é apenas uma ilusão. Sonhando com algo não presente, com a vida que não temos, sonhando com quem não somos.
E ficamos a desejar essa vida irreal, e que talvez nunca passe de um simples sonho.
(Luíza Gallagher)
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