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Sobre o Navegante e a Saudade



Somos navegantes,
Velejamos muitas vezes em águas profundas,
Buscamos descobrir os segredos dos sete mares.

As ondas nos puxam,
Num e ir e vir eterno.
Belas, complexas, assustadoras,
Uma nunca é igual a outra.

Como navegantes, somos chamados para alto mar,
Vem uma onda e nos arrasta.
Partimos.
É a hora,
o barco precisa zarpar, é a lei da vida.

Para quem fica em terra firme a despedida é cruel,
A dor atinge forte no peito.
Saudade...

A saudade dói,
Fere, angustia, desnorteia...
Mas a saudade é amor.
É lembrança dos momentos.
É fechar os olhos e ver o sorriso do filho,
Sentir o abraço,
Ver mais uma vez o brilho no olhar.

E por fim,
A saudade é aprender a dizer adeus.
Como um navegante
Ele partiu para outros mares.
Está longe, bem longe,
Mas ainda assim,
Está dentro do coração de quem o ama.

Ele está ali,
No sorriso dos irmãos,
No afago da mãe,
Nos olhos do pai,
Está na memória de quem ficou.
Ele, agora, é saudade.

(Luíza Gallagher)

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