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Omar Borkan al-Gala


Desde a infância lhe diziam o quão belo era, na juventude era o orgulho da mãe e a perdição das donzelas. Despertava a luxúria por onde passava, chamava a atenção e atraia a mais virtuosa das mulheres. Possuía aqueles olhos sabe? Aqueles que arrastam qualquer anjo para o inferno. Com um sorriso derretia as calotas polares.
Ele traz o pecado, despe mulheres com um simples gesto, é seguido por olhares desejosos onde quer que passe. Porém a beleza tem o seu preço. Assim como Dorian Gray, ele há de descobrir a cruel desvantagem. A inveja o ronda. "Mas como ele pode seduzir a minha mulher dessa forma?" se indignarão alguns. "Ele é um demônio!" exclamarão outros. "É um risco para as mulheres" dirão os tabloides.
Exilado ele será para manter a boa e casta integridade das santas mulheres. Para que as donzelas não caiam em tentação o belo jovem deverá ser deportado. Assim, os menos agraciados pela natureza não terão como concorrente um homem de beleza inumana.
Desfrute dos prazeres jovem Omar, mesmo com a inveja e difamação aproveite, pois a beleza é uma faca de dois gumes, saiba usá-la rapaz. Ao contrário de Dorian Gray, no retrato seus olhos terão o mesmo ardor de hoje, porém você... Oh, pobre Omar, irá se reduzir a rugas e sua chama apagará. A beleza é efêmera. Corra, conquiste, encante enquanto há tempo. Independente do que digam arraste quantas castas damas puder para o inferno. Mesmo cercado de luxúria e vaidade o céu ainda há de ser seu, jovem do sorriso angelical.

(Luíza Gallagher)


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Vem para o mar menina mergulha tuas tristezas deixa o sal grudar na pele as ondas ão de levar os maus pensamentos. Vem menina, entra no mar abraça essa saudade deixa transbordar do peito essa angústia. Vem para a água menina vem que ela lava leva embora as mágoas afoga os pesadelos. Vem menina, vem para o mar é verão é tempo de (a)mar. (Luíza Gallagher)

Entre

Entre matar ou morrer escolhi fugir, Não sou tão mau para matar Não sou tão bom para morrer. Entre o inferno e o paraíso escolhi o purgatório, Não sou tão cruel para sujar de sangue minhas mãos Não sou tão santo para em sacrifício abdicar minha vida. Entre ela e você escolhi a solidão, Não sei decidir, nunca soube Não sei como ficar, muito menos como ir Entre o herói e o vilão, Me fiz o covarde. (Luíza Gallagher)