Sensação estranha essa de estar de volta em casa e ao mesmo tempo tão distante. O tempo passa e ele de alguma forma nos muda. Aqui, hoje, na minha cidade, no meu berço eu me sinto por vezes deslocada. Aqui é o meu lar, mas depois de tanto tempo algo falta. Talvez contra toda a minha resistência de alguma forma adquiri raízes também em outro lugar. Agora tanto aqui quanto lá me sinto por vezes uma estranha no ninho. Uma eterna turista que não sabe mais a qual chão pertence. O barro vermelho carregado nas melhores memórias e a areia molhada compondo aos poucos a minha história. Como diz a música: “Surfista do planalto central” será?
(Luíza Gallagher)
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