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Mostrando postagens de dezembro, 2015

A Graça do Palhaço

Assim que chegou a esse mundo ele já veio chorando, sua mãe, no entanto, sorria. Desde pequeno era a alegria da casa. Ao contar seus problemas infantis de forma tão séria arrancava gargalhada dos adultos. “Esse menino é uma figura”. Cresceu. Era a graça da turma. Arrancava sorrisos mesmo sem querer. Cada tirada sagaz e mais gargalhadas o acompanhavam. Mas ele nunca achou graça em nada. Nunca sorriu... “É tão fácil para as pessoas rirem... mas eu não consigo”. Foi procurar a alegria em um circo. Cada número a platéia aplaudia e ele sem graça acompanhava o coro. “Não entendo onde está a graça”. Fugiu com o circo, estava decidido! Convivendo lá acabaria por encontrar a risada perdida. Os anos passaram... Ele agora se pintava e se fazia de palhaço. Era o melhor, o mais aguardado. Suas apresentações eram sinônimo de sucesso. Um dia conheceu uma bela bailarina, novata no circo. Linda. Seus olhos se encontraram por alguns segundos. Entre saltos e rodopios ele sentiu os lábios se conto

Notas de um lugar

Intrigas, mentiras, doces ilusões, amargas sensações. Sussurros, cochichos, gracejos mal intencionados, lugar de mal amados Abandono, folhas que caem, insetos a rastejar, esperanças a escoar Decepções, solidão, lá fora o tempo corre, aqui dentro, aos poucos, a gente morre. (Luíza Gallagher)