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Mais Um Menos Um

 É 27 de outubro novamente. Mais um ano se passou. Mudanças, desafios, alegrias e medos misturados. Menos um ano de jornada. Ontem eram 15 anos, agora já mais que o dobro. Num piscar de olhos o tempo voa. Voa leve como um balão, cada vez mais alto. Já não sou mais quem eu costumava ser. Por vezes não me reconheço no espelho. Nem sempre a mudança é suave e bonita como o desabrochar de uma flor (na maioria das vezes não é). Crescer, aprender, desaprender e reaprender. Dói. A cada ano novas cicatrizes se formam. Porém, mais memórias, aprendizados e sorrisos também. Não posso prometer grandes emoções ou nenhuma história épica. Mas agradeço cada um que escolher ficar para ver onde essa história vai parar. Ao soprar das velas, só quero desejar saúde e coragem para seguir. Que esse novo ciclo venha com tudo, pois a cada dia me sinto mais pronta (apesar dos pesares). Obrigada a cada um por cada insentivo, cada bronca, cada minuto que dedicou a mim de alguma forma. Hoje mudei, amanhã mudarei no
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Chuva de Verão

   Anna pulou da cama cedo. Ela estava feliz. Tudo seria perfeito e o sol parecia concordar. Nada estragaria o seu dia.    Mas, às vezes, o Universo ouve e resolve apostar contra a gente.    Como um passe de mágica o dia virou noite. As coisas começaram a desandar. O bolo solou, o feijão queimou, os ventos mudaram de direção. Sem aviso, lágrimas brotaram nos olhos da menina, o coração apertou, fez frio, vazio...    Anna caiu. Caiu no poço das suas emoções e ficou lá, quieta, sozinha, tentando não se afogar.    A tristeza invadiu a alegria da menina, como uma nuvem negra que invade um dia ensolarado de verão.    Deságua menina. Deságua.    Tal qual chuva de verão, essa tristeza logo vai passar.    É um temporal que logo irá dissipar.    Amanhã é outro dia menina e a previsão diz que terá sol e você voltará a sorrir. (Luiza Gallagher)

Não gosto de gente como você

Não gosto de gente como você Não gosto dessa presunção Nem da arrogância Muito menos da prepotência. Mas é você... Não gosto de gostar tanto de você Mesmo com a presunção Principalmente pela arrogância E até pela prepotência que te cai tão bem. Não gosto de gente como você mas gosto, muito mais do que deveria, de você. (Luíza Gallagher)

Paixão Inventada

  Eu me apaixonei pelo o que criei de ti Me apaixonei  pela minha própria loucura Acabei obcecada por uma história inventada Persigo fantasmas em um cenário imaginário Eu mesma construí minhas armadilhas Eu mesma criei meu vício e perdição Me embriaguei  no delírio que inventei Pesei a mão  e esqueci o que é ter razão E agora não adianta fugir não adianta fingir que não sinto Na busca por sentir algo passei a sentir muito Como faz para voltar atrás para corrigir esse erro? Como faz parar de doer como faz para desenlouquecer? (Luíza Gallagher)

Eu Estarei Aqui

  Eu queria poder secar seu pranto Eu queria ser capaz de arrancar a dor do seu peito Como quem arranca uma erva daninha, direto da raiz Eu queria impedir que você sofresse te proteger de todas as dores e também, dos desamores. Queria estar ao seu lado  no pior e no melhor momento Queria ser o abraço protetor Mas a vida é dura, pequena faz a gente sangrar e não poderei te proteger do mundo Você ainda vai sangrar, muito, e eu estarei aqui para te acolher mas não poderei fazer a dor passar Você terá que aguentar firme aprender a se curar crescer dói Venha até mim sempre que precisar de um abrigo ou um ombro amigo, para que você não se sinta tão só nessa jornada que é só tua Agora chora menina deixa escorrer a angústia desse peito eu continuarei aqui, pra você... ...por você. (Luíza Gallagher)

Notas Sobre Ele

  O encanto veio fácil, sem aviso. No cinza de uma tarde abriu o sol, na forma de um sorriso encantado leve abstrato a voz feito manhã preguiçosa o brilho no olhar o coração maior que o peito despretensioso divertido bobo E ela na borda do abismo sem saber como recuar pronta para saltar  fácil doce gentil Todo vestido de piadas  ou despido em algum sofá É fácil se perder, ignorando as ciladas atencioso risonho espirituoso Seja por bênção ou maldição o destino a impediu  de perder totalmente a razão (Luíza Gallagher)

Salto no Abismo

Sem meias palavras ou excesso de jogos. Sem promessas vazias ou tentativas de intimidade.. Era tão fácil..Tão encantador. Quando menos esperava lá estava eu a meio passo do precipício, pronta para pular. Nem tinha visto a borda se aproximar.  Tentador. O ar fresco soprando na face. A leveza do ar. Era tentador não querer se atirar. Dei um passo para trás. Todo o instinto lutando para se distanciar. Mas a adrenalina era tão atraente, doce… O abismo parecia me provocar e eu não sabia se conseguiria mais dizer não. Ele me tinha nas mãos, e parecia saber. Era tão estupidamente simples saltar. Esse é, afinal, o dilema eterno. A batalha, da razão versus emoção. Realidade e ilusão. Sanidade e desvairo. Eu sabia o que era certo, o que deveria ser feito. Mas era tão tentador. Tão deslumbrantemente tentador que boa parte minha desejava aquele salto. Eu tinha pavor da queda inevitável, da dor certeira. Mas ainda assim era difícil resistir. Um passo para trás. Recue. Mais um. Ops, um pra frente. V