Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2020

Lá Vai Ela

Lá vai a louca insana pela rua alucinada pela cidade enlouquecida em seu caminho Lá vai a louca nem sabe pra onde vai, mas vai. Se perde entre becos e vielas. Lá vai ela louca, livre, inebriada, desvairada, mas segue em frente E você? Com toda a sua sensatez tem saído do lugar? (Luíza Gallagher)

Sejamos Um

De você decoro cada traço gesto, passo. Gravo você por inteiro em mim. Sei de cór seu cheiro seu olhar sua pulsação. O som da sua risada, música que não canso  de ouvir. Você mora em mim, sua voz reverbera em cada célula do meu eu Faz de mim sua morada, faz da minha vida um pouco tua Seja o ar que enche meus pulmões. O sangue pulsante em minhas veias. Fique aqui, dentro de mim Sejamos um Sejamos você Sejamos eu Apenas...  Sejamos... (Luíza Gallagher)

Anna e o Conceito Wabi-Sabi

O quadro torto na parede... A marca do copo no canto da mesa de madeira... O prato de cerâmica lascado... A linha solta da almofada velha... Anna gostava do erro, do falho,  do que se assemelhava a ela. Esses pequenos desvios da perfeição cativavam a menina. Ela achava que eram exatamente eles que davam vida a um lar. O charme da transitorialidade do mundo. Marcas de vidas vividas de fissuras causadas pelo tempo, tal qual rugas no canto dos olhos. Anna sempre valorizou  a beleza do imperfeito "São os defeitos que contam as histórias." (Luíza Gallagher)

Rosa

Ia para o samba toda formosa dançava,  girava,  hipnotizava O nome dela era Rosa, moça gentil risonha e charmosa Tão linda que só podia  ter nome de flor, Rosa! Oh, bela Rosa moça, mais bela do salão. Oh, bela Rosa Flor que brota em meu coração. (Luíza Gallagher)

Conchinha

Mar revolto bate contra as pedras conchinha rola, afunda,  bóia dança no balanço da maré. Lá está a conchinha vai e volta sem parar a areia  arranha entranha ora acolhe ora engole. Pobre conchinha segue a correnteza sem saber onde irá parar. Lá vai conchinha para alto mar distante, cada vez mais longe de tudo. Conchinha a viajar, em alguma nova praia irá chegar. (Luíza Gallagher)

Vendedor de Sonhos

- Quando crescer eu quero ser médico, para curar as pessoa. - Eu quero ser vendedor de sonhos! - Vendedor de sonhos? Isso nem existe! - Existe sim! - Não, não existe não! Sonho é de graça, só dormir e pronto. Quem vai querer comprar isso? - Tem gente que não sonha. E eu vou vender sonhos que dão para usar quando se está acordado. - Você é doido, isso sim! - Eu não sou doido. Eu só quero ajudar as pessoas ué. - Vira médico então! - Mas os sonhos também curam as pessoas... - Há há há! Nunca vi isso! - O que vocês dois estão discutindo? - É o Carlinhos tia! - É que eu quero ser poeta... - Ai ai Carlos Drummond, sonhando outra vez? (Luíza Gallagher)