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Mostrando postagens de maio, 2020

Pobre de mim

Pobre de mim, um Rei sem reinado sem castelo e nem riqueza Pobre de mim, um cavaleiro sem cavalo sem espada e longe das batalhas Um poeta sem rima, sem métrica sem inspiração Um cantor sem ritmo fora do tom Na tentativa de ser nobre me assemelho mais a um pobre plebeu Ou à um bobo da corte a dançar com sinos nos pés para entreter vocês. Pobre de mim! (Luíza Gallagher)

São Longuinho

Já perdi o fio da meada A linha de raciocínio  A chave de casa Perdi a razão  O retorno na estrada Perdi até o meu cartão  Me perdi no caminho Me vi sozinho Rezei para São Longuinho  De tanto perder, Com dó de mim, O santo me fez encontrar você  Dei três pulinhos Agradeci  E prometi nunca te perder. (Luíza Gallagher)

Curando-se

Estava distante Perdida Vazia Ao olhar no espelho Não mais se reconhecia Era uma estranha a sorrir pelo reflexo Os olhos opacos, Tão brilhantes outrora, Agora estavam vagos Passos apressados distanciavam ela dela mesma. Fuga. Ela sentia Sentia muito O tempo todo, até mais do que devia. Os sentimentos vinham em turbilhão Eram como ondas fortes à afogá-la Rápidos e intensos. A rotina diária Destoava do caos interno No qual ela não queria pensar. Até tudo mudar. Até o mundo parar. Até ela ser obrigada a se encarar. Sem desculpas Sem fugas. Ela foi obrigada a se enfrentar. E quando os tempos ficaram loucos E tudo virou um caos Ela se realinhou Foi no meio da confusão que ela conseguiu se por em ordem se encontrou afinal, Enquanto o pânico gritava lá fora Uma voz suave a embalava. Estava em paz. São tempos difíceis Tempos de transformações E de renascimento E ela se reencontrou Se transformou E renasceu. Estava juntando seus cacos.