O quadro torto na parede...
A marca do copo no canto
da mesa de madeira...
O prato de cerâmica lascado...
A linha solta da almofada velha...
Anna gostava do erro,
do falho,
do que se assemelhava a ela.
Esses pequenos
desvios da perfeição
cativavam a menina.
Ela achava que eram exatamente eles
que davam vida a um lar.
O charme da transitorialidade do mundo.
Marcas de vidas vividas
de fissuras causadas pelo tempo,
tal qual rugas no canto dos olhos.
Anna sempre valorizou
a beleza do imperfeito
"São os defeitos
que contam as histórias."
(Luíza Gallagher)
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