Ela era coração
pulsante, vibrante
de uma intensidade
que assombrava.
Só sabia sentir
e vivia para sentir
amor, dor, raiva...
temporal!
Ela era ventania
grossas lágrimas de chuva fria
mas o sorriso
Ah! O sorriso!
Era fogo ardente
capaz de derreter todo granizo.
Ela era tempestade em copo d´água,
era exagero sem fim,
era clichê mexicano
Oh! Quanto drama!
"Louca"
"Histérica"
"Exagerada"
"Desvairada"
Eles não entendem,
ela só sente
sente demais,
sente muito,
por tudo.
E que culpa a moça tinha?
Era a primeira a se afogar em sua melancolia
era vítima de seus próprios dilúvios
ardia em suas chamas
renascia de suas cinzas
ria, gargalhava, rodopiava
e se entregava de corpo e alma
até a vida lhe derrubar de novo
Mas não aprendia a sentir de menos
com ela era tudo ou nada,
mesmo sangrando
não recuava
era a intensidade que tanto buscava.
Ela queria sentir!
Precisava sentir!
Sentir muito!
Sentir tudo!
Sentir além!
Sentir-se viva!
(Luíza Gallagher)
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