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100 Anos do Poetinha


O "poetinha" que de miúdo nada tem, sua genialidade antevem qualquer nomenclatura. Aquele moço Bossa Nova com o copo de Whisky na mão e um mundo de amores no coração. Depois dele Ipanema nunca mais foi a mesma, o que diga então a garota do corpo dourado? Vinícius eternizou seu balançado. O poeta de mesa de bar, de orla de praia, de brisa de mar. O peta dos amores, das bebidas, das belas meninas. Vinícius provou que o amor é lindo, é frágil, é voraz e imortal, ardente e fugaz. Em canções e poesias retratou a tristeza, a alegria, a eternidade e a efemeridade, sem nunca botá-las como contraditórias, pois esta a vida já a é. 
Ah, se todos fossem iguais a você Vinícius... Mas como não há nada sem separação, você se foi. A morte, angústia de quem vive, te alcançou. Porém. você ainda vive em suas poesias... Que seja eterno enquanto dure (e você ainda dura).
Mas como é melhor se alegre do que ser triste, hoje vamos celebrar, celebrar in memoriam de um grande talento, de um grande poeta. Parabéns pelo centenário querido poetinha, um brinde a você que possuía um amor sem mistério e sem virtude, mas que devorava a alma. A você que partiu de repente, não mais que de repente. 
E por falar em saudade, graças a ti, estou aqui berçando versos de saudade imensa. Como eu, muitos se inspiraram e ainda se inspiram em ti. Um brinde a você que nos ensinou a amar.


(Luíza Gallagher)

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