O
dia amanhece. No horizonte o sol nasce ainda tímido. O despertador toca ao meu
lado, mas o som parece vir de tão longe... Deve ser o sono, tenho que acordar.
Levanto-me preguiçosamente como em todas as manhãs. Mais um dia começa. Lá
fora, em algum lugar ao longe alguém ainda se agarra ao último minuto de um
sonho bom. Cheiro de café fresco se espalha pelo ar. Aos poucos as ruas ficam
abarrotadas de gente, o burburinho vai crescendo e a população enfim desperta
ziguezagueia ao longo das avenidas. Ruas cheias de estranhos. O que essas
pessoas pensam? O que esperam do seu dia? O que faz com que acordem para
encarar a vida? Milhares de pessoas se cruzam, se esbarram. Algumas dizem um
rápido "Bom dia", outras passam tão rápido que pronto, já se foram...
E nesse encontro e desencontro fica a sensação de vazio, de ser apenas um na
multidão. Ninguém se importa se dormi bem e nem o porquê eu estou aqui, viva. Posso
estar mais uma vez falando besteira, posso estar pensando demais, divagando
mais que o necessário... Mas nessa correria cotidiana acabamos esquecendo o
porquê vivemos, o para que abrimos todos os dias nossos olhos e resolvemos
seguir em frente. Qual será o objetivo que nos move? Será que alguém se
pergunta isso? E você já parou pra pensar o porquê você acorda?
(Luíza Gallagher)
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